terça-feira, 1 de maio de 2012

Promoção gera confusão e gastos (des)necessários

A cadeia de supermercados Pingo Doce da Jerónimo Martins lançou, hoje, 1 de Maio, uma campanha de promoção que têm gerado confrontos entre clientes e "consumos exagerados", na opinião de algumas pessoas.

Nas caixas, os bens não param de entrar e sair


"Aqui os preços são sempre baixos. Na loja toda, o ano inteiro." Este é o habitual slogan do Pingo Doce que, apenas hoje, 1º de Maio e Dia do Trabalhador, deu lugar a uma campanha de 50% de desconto imediato na compra de produtos alimentares, higiénicos e de limpeza.

A estranheza e contentamento de alguns é a alegria e entusiasmo de muitos que esgotaram as vagas do parque de estacionamento do Pingo Doce de Arrifana, Santa Maria da Feira. Aliás, o parque é pequeno para os clientes que enchem as bermas das vias de acesso ao supermercado.

A campanha está lançada e o caos instalado. A maioria das pessoas que fizeram compras no Pingo Doce de Arrifana saem satisfeitas e a dizer que compensa "o tempo de espera". No interior, a confusão é visível: filas enormes em todas as caixas, pessoas em todos os cantos, muito barulho e aperto, muitas prateleiras vazias, produtos misturados e caídos...

Mas há também quem entre e diga: "Ficar tanto tempo à espera para só levar 12 pacotes de leite? Nem pensar." Sim, porque a campanha é limitada a 12 unidades por produto e "não inclui eletrodomésticos, produtos de electrónica, têxteis e combustíveis", informação descrita em letra miúda nos cartazes espalhados pelo supermercado.

Nas filas de espera, as pessoas falam e discutem a promoção. A empresa Jerónimo Martins lançou a campanha de 50% como "forma de escoar os produtos com menos validade e, ainda, para vender produtos de marca que não têm tanta saída em dias normais", opina uma senhora carregada de sacos. "Há quem compre produtos que não comprariam", frisa outra cliente.






1 comentário:

Fernando Duarte disse...

Foi sim uma bela estratégia de markting e no final ainda facturaram 27 Milhões de euros. Nisto fica o povo a pensar: Se com os produtos a 50% de desconto ainda ficam com lucro, quanto facturariam num dia "normal".