segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Trabalhar ou estar em casa a ganhar?

Em dia de aumento das tarifas nos transportes públicos, a questão que se impõe é: Trabalhar ou estar em casa a ganhar? Afinal, quem são os prejudicados? Qual a motivação dos trabalhadores para dia após dia sair de casa em direcção aos seus trabalhos?


A problemática que coloco hoje, 1 de Agosto, nem é a dos trabalhos e respectivas condições precárias. Em dia de introdução de mais subidas, o que pretende o executivo com esta medida de austeridade que vem dificultar a vida dos utilizadores de transportes públicos? Mais endividamento dos portugueses, que todos os dias precisam e recorrem a transportes públicos, mais desmotivação, mais contestação ou mesmo mais pessoas a preferir estar em casa do que sair para trabalhar? É isto?



A verdade é que sem satisfação e motivação é difícil criar, engendrar, pôr em prática ideias, seguir com o projecto e fazer com que dele provenha algo: o chamado produto. É assim que funciona na vida pessoal, profissional, social e civil. Nada como saber que o esforço tem uma recompensa.



Agora mais do que nunca, os trabalhadores portugueses precisam de incentivo e força. Ao invés, deparam-se com mais e mais aumentos. Com salários baixos e gastos avultados, onde vão parar os portugueses da baixa e média classe?



Será que o executivo não repara que muitos optam pelo conforto e descanso no seu lar, a tempo inteiro, em detrimento de uma actividade laboral agitada. E porquê? Feitas contas à vida e aos apoios recebidos, o que compensa? Para muitos indivíduos, estar em casa traz mais benefícios. Os outros tem de trabalhar, seja duro ou não, se querem ter algo mais do que a comodidade e conformismo. O que é difícil com um salário mínimo ou menos que isso.