terça-feira, 20 de outubro de 2009

III Conferência Anual da ERC

"A Comunicação Social num Contexto de Crise e de Mudança de Paradigma" é o tema da III Conferência Anual da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) que teve início pelas 10h30 na Fundação Calouste Gulbenkian.




A sessão de abertura juntou Azevedo Lopes, Presidente do Conselho Regulador da ERC, Rui Vilar, Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, e Jaime Gama, Presidente da Assembleia da República.
O primeiro painel, intitulado "O Futuro da Mediasfera. Impacto na Regulação", começou pouco depois das 11h00 com uma breve apresentação do presidente da mesa e moderador, Azevedo Lopes. Jeffrey Cole, USC Annenberg School for Communication, apresentou o tema: "While film, music and print will survive (and thrive), it may be as smaller industries, especially on the web".
Os comentários estiveram a cargo de J.M. Nobre-Correia, Universidade Livre de Bruxelas, e Rui Aguiar, Departamento de Electrónica, Telecomunicações e Informação (DETI) da Universidade de Aveiro.
O "jornalismo-cidadão", os jornais gratuitos, as receitas publicitárias, a convergência de tecnologias, os novos interfaces e ambientes sociais foram alguns dos pontos expostos.


Membros do Painel 2

O auditório da Gulbenkian volta a encher às 14h30. O tema do segundo painel coloca uma questão: "Que modelo(s) de negócio para a comunicação social?". A moderação competiu a Elísio Oliveira, vice-presidente da ERC.
Iniciou a comunicação Jorge Pereira da Costa, Roland Berger, que falou da mudança dos media (contexto e impacto) e das novas alternativas para os media. De seguida, interveio Rafael Mora, Ongoing, com a temática da convergência (digital, técnica). A comunicação termina com Martim Avillez, Grupo Lena, que demonstrou como nasceu o jornal "I" e como funciona.

Martim Avillez

"Imprensa tablóide, revistas de sociedade e do coração e reserva da vida privada" foi o tema desenvolvido por Vieira de Andrade, Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. O conflito entre o direito de liberdade de expressão e de imprensa e o direito da reserva da vida privada esteve em destaque.

A conferência, organizada pela ERC, continua amanhã no auditório da Gulbenkian com a apresentação das seguintes temáticas: "Televisão Pública e Televisão Comercial: o que se distingue, o que as deve distinguir?"; "Sondagens e Jornalismo - Práticas e boas práticas"; "Justiça e Liberdade de Imprensa". O colóquio encerra ao fim da tarde com as conclusões da ERC.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Eleições autárquicas 2009

No próximo domingo, os portugueses regressam às urnas para exercer o seu direito de voto. Chegou a vez de eleger os representantes autárquicos. Candidatos são muitos e diferentes de região para região.

Os eleitores escolhem o/a presidente da Câmara Municipal e da Junta da Freguesia que acreditam ser o/a mais indicado(a) para os representar e as respectivas assembleias.

A campanha está a chegar ao fim e a 11 de Outubro são conhecidos os 308 presidentes de câmaras municipais e 4257 presidentes de juntas de freguesia.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Eleições legislativas 2009

A poucos dias da corrida às urnas para às eleições legislativas, os candidatos empenham-se na divulgação dos seus ideais. A escolha do primeiro-ministro português é o objectivo das eleições marcadas para o dia 27 de Setembro pelo Presidente da República, Cavaco Silva.



Muitos são os candidatos às eleições legislativas portuguesas 2009. Dos mais conhecidos aos mais recentes, contam-se 15 partidos. Concorrem-se entre si Bloco Esquerda (BE), Coligação Democrática Unitária (CDU), Frente Ecologia e Humanismo (FEH), Movimento Esperança Portugal (MEP), Movimento Mérito e Sociedade (MMS), Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses (PCTP/MRPP), Partido Nacional Renovador (PNR), Nova Democracia (PND), Partido Operário de Unidade Socialista (POUS), Partido Popular (CDS-PP), Partido Popular Monárquico (PPM), Partido Social Democrata (PSD), Partido Socialista (PS), Partido Trabalhista Português (PTP), Portugal Pró Vida (PPV).


A campanha eleitoral teve início no passado dia 12 e termina a 25 , tendo os portugueses a 26 de Setembro o habitual dia de reflexão.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Produção caseira

Ano 2009 e mês de Agosto produtivos. Mais uma vez as terras de cá de casa dão muitos tomates, frutos do tomateiro.


Este ano o maior tomate do tomateiro de cá de casa pesa 700g.


Tomate


Será que para a próxima colheita teremos algum maior? Quem sabe? O importante é que o tomateiro dê muito fruto. O peso não é o mais relevante.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Ida e volta III

Dia 11 e segunda semana de Agosto quentes. Uma ida breve até ao Luso, a Penacova e à Quinta das Lágrimas.

Caminhar, caminhar e caminhar por terras de Portugal é uma das formas de conhecer o que cada lugar de melhor e pior tem. O Luso, a poucos quilómetros da Mealhada, oferece vários espaços para longas caminhadas. Quem por lá passa pode deliciar a água do Luso e vislumbrar dois grandes edifícios no centro. Um com mais histórias de vida, de momento em requalificação, e um com menos tempo. São as Termas do Luso, que atraem locais e visitantes.
Entre descidas e subidas, chega-se ao centro de Penacova, situada a 18 km do Luso. O Penedo de Castro é um miradouro situado no alto de um monte da vila, no qual é possível vislumbrar o rio Mondego e toda a paisagem envolvente.


Fauna e Flora de Penacova


Ao seguir o decurso do Mondego chega-se à cidade dos estudantes. A Quinta das Lágrimas é um dos atractivos de Coimbra, que resistiu ao crescimento da cidade e que preserva construções, árvores, lendas e história.

Em tempos remotos, a Quinta das Lágrimas era uma mata que pertencia à coroa portuguesa. Esta mata ficou conhecida por ter testemunhado o amor de Pedro e Inês de Castro, considerado o romance mais famoso e trágico da História de Portugal.


A "Fonte dos Amores", a "Fonte das Lágrimas", os jardins e a mata são algumas das atracções da Quinta das Lágrimas. Espaços que podem ser visitados depois da aquisição de um bilhete e folheto na bilheteira da quinta.


Folhetos e bilhetes

Mais informações em: www.quintadaslagrimas.pt

Magalhães, A. M. & Alçada, I. Uma aventura na Quinta das Lágrimas. Caminho. Setembro de 1999.

domingo, 2 de agosto de 2009

Feira Medieval

Início de Agosto, de férias para muitos portugueses e emigrantes e decurso de mais uma viagem medieval por terras de Santa Maria da Feira.

Igreja matriz de Santa Maria da Feira

Este certame decorre todos os anos em Santa Maria da Feira e é considerado um dos maiores. Ao longo de vários dias, o centro da cidade é invadido pelo espírito medieval. A decoração leva os visitantes a recuar no tempo e assistir a recriações de outras épocas. Os banhos públicos, o assalto ao castelo, as lutas de gladiadores são apenas algumas das atracções nesta feira.

Recinto da Feira

Ambiente, trajes, utensílios, vestuário, bijutaria, bonecos, doces, comes e bebes que marcam pela diferença. Todos os espaços da feira enchem-se de pessoas. De um lado e outro, as ruas e os espaços estão repletos de multidões. A antiguidade cruza-se com a actualidade.

A Feira Medieval começou no dia 30 de Julho e os visitantes podem entrar nesta viagem até ao dia 9 de Agosto.


sábado, 25 de julho de 2009

My course


Hi people!

Today, I speak/writte about my English course. On the holidays, I study the english language.

I like this language, but I have many problems on fluency, vocabulary, interpretation,... I'm studying at the Wall Street Institute of S. João da Madeira during two months. I have to make the survival two and the survival three. It's few, but it's best that nothing!

Método de estudo

Imagem em: http:// www.wallstreetinstitute.com/images/aquisitionCycle.jpg

I like very much! The teachers, recepcionist and my consultant are very nice. The classes are good, but I don't like of I can't to make more that one encounter for week. Because I'm in intensive course and I should make more classes for week.

The end of my small course is in September, when my vacation will finish!

Now, I need to study. Goodbye and see you!

terça-feira, 14 de julho de 2009

Ida e Volta II

Ida à cidade dos estudantes. Arrumar a bagagem, entregar a chave do quarto, fazer exame de melhoria de Direito da Comunicação Social e volta à terra.
A viagem começou com um grande susto. Uma breve distracção e lá se rompe o pneu do carro. Ida inesperada à oficina atrasa a chegada a Coimbra.


Depois do pneu estar consertado, foi possível dar continuidade à viagem. Até Coimbra foi tudo tranquilo. Foi possível tratar de tudo o que era pretendido.

Junto ao bloco 1 da residência 3

Exame de melhoria feito, assuntos pedentes tratados e bagagens no carro, há que regressar a casa.

Até já Coimbra!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Ida e Volta (continuação)

Entre descanso e caminhadas, páras e arrancas, encontros e desencontros, enganos e desenganos chegámos a Vila Real, encontrámos à universidade de Trás-os-Montes e descobrimos o Jardim da Carreira.


O Dolce Vita de Vila Real foi o ponto de paragem para almoçar e descansar um pouco. Depois de algumas voltas pela cidade, vamos parar ao Jardim da Carreira. Nos primeiros tempos de existência, este jardim era mais conhecido por passeio público. Depois de recuperado e inaugurado a 4 de Abril de 2003, o Jardim da Carreira tornou-se num espaço público de todos os vila-realenses e visitantes.

Penafiel e Vila Real

Ao longo do regresso a casa, o cansaço começa a ser evidente. O que não impede o sonho de conhecer novos destinos e de voltar um dia.

Praia fluvial da Lomba


Muitas são as terras que o Douro percorre e que podem ser percorridas!

domingo, 12 de julho de 2009

Ida e Volta

Hoje, foi sempre a subir e a descer. Uma ida a Penafiel e a Vila Real e uma volta com o regresso às origens.


Pelo caminho encontram-se sempre obstáculos. Uns mais pequenos outros com dimensões maiores. Ultrapassá-los nem sempre é de imediato possível, mas nunca é impossível.


O Castro do Monte Mozinho, em Penafinel, é um local a visitar. É um povoado antigo que data dos primórdios da romanização e se prolonga até ao Baixo Império. Graças aos trabalhos arqueológicos levados a cabo nesta região foi e é possível conhecer uma vasta área com vestígios dos períodos romanos.

Castro do Mozinho


Depois de uma breve passagem pela zona centro de Penafinel, a A4 e a IP4 são as vias para rumar até Vila Real.



quinta-feira, 18 de junho de 2009

Com o Nós por Cá

No dia 20 de Maio do presente ano, o Nós por cá, programa emitido pela SIC de segunda à sexta-feira às 7h, saiu do estúdio e veio a Coimbra.

O dia foi agitado na rua 8º de Maio. Logo ao início da manhã, começaram-se a ver vários técnicos do refrido canal a montar/preparar o material técnico. A preparação de uma emissão televisiva implica muito trabalho e se for em directo e no exterior ainda é mais esforço.

Na penúltima semana de Maio, o programa percorreu cinco cidades de norte a sul do país. Na emissão de quarta-feira, as rotundas foram o tema debatido junto à Câmara Municipal de Coimbra.

Como espectadora assídua do programa, lá estive a assistir ao vivo ao Nós por Cá.

Com o Nós por Cá sempre!

terça-feira, 26 de maio de 2009

"Imagem, Comunicação e Sociedade"

A Escola Superior de Educação de Coimbra recebeu Carlos Pinto Coelho, Sansão Coelho e António Ferreira no âmbito das actividades do IV Encontro de Comunicação e Design Multimédia (CDM).

“Imagem, Comunicação e Multimédia” foi o tema da conferência das 15 horas. No auditório, estavam alguns professores e alunos, particularmente de CDM e Comunicação Social.

Nos próximos dois dias, todos os interessados em participar no IV Encontro de CDM podem fazê-lo pois as actividades só terminam no dia 28 de Maio.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Cortejo começou, continuou e acabou

O cortejo da Queima das Fitas de Coimbra decorreu, como habitualmente, entre os Arcos do Jardim e a Portagem. A folia não faltou!

No carro "Comunicação Social I Mai Nada" (CSI), muita comida e bebida foi ingerida e distribuída entre todos aqueles que assistiam ao cortejo. Muitos era aqueles que pediam também a plaqueta do curso com as caricaturas dos fitados.

CSI


À saída da Baixa e ao longo da Portagem, os carros começam a ser completamente destruídos. Tanto tempo perdido a fazer flores e a construir o carro para tudo desaparecer numa única tarde.

CSI a chegar à portagem



CSI ainda na portagem


No chão ficam os vestígios da passagem dos carros. Latas de cerveja, copos e sacos de plástico, flores... encontram-se espalhados pelas ruas de Coimbra que viram passar o cortejo da Queima das Fitas.

Chão da Baixa de Coimbra

sábado, 2 de maio de 2009

A construção do carro CSI não pára

Estudantes usufruem da festa académica, mas não esquecem a construção dos carros para o cortejo de domingo. No ano em se comemoram os 110 anos da Queima das Fitas de Coimbra, partem dos Arcos do Jardim 110 carros.
A tarde de ontem e de hoje foi aproveitada por alunos do 2ºano de Comunicação Social (CS) para dar continuidade aos trabalhos de montagem do carro. O recinto de trabalho é o parque de estacionamento da Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC). Ao carro de CS juntam-se outros carros de cursos da ESEC.


O carro de CS intitula-se por CSI, sigla que significa “Comunicação Social I mai nada”, e é um dos 110 carros da Queima das Fitas deste ano que desfila amanhã no cortejo.

Serenata da Queima

Coimbra recebe a semana académica mais agitada do ano!
A Serenata da Queima das Fitas em Coimbra é dos momentos mais marcantes desta festa académica.

Os estudantes assistem a abertura da Queima das Fitas com grande emoção... ouve-se a serenata, doutores traçam a capa aos caloiros, ouve-se o grito académico e a diversão começa.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Início da Queima

A Queima das Fitas de Coimbra 2009 começou ontem com os habituais jantares de curso, aos quais se segui a tradicional Serenata.
Em época de festejos, há ainda muito trabalho a fazer. Muitas flores para fazer e um carro enorme para decorar.


Os trabalhos de montagem do carro tiveram início ontem à tarde e continuam hoje.

sábado, 25 de abril de 2009

Feira do Livro

Cartaz

A XXXII Feira do Livro em Coimbra teve início no dia 17 de Abril pelas 17h00 e permanece na praça da República até ao dia 2 de Maio.

Este certame conta com a presença de Livrarias de Coimbra ou editoras e sócios da Arcádia, representantes de várias editoras e, pela primeira vez, de um stand de demonstração dos meios de acesso à leitura para deficientes visuais.

No ano em que se celebra os 200 anos do nascimento de Louis Braille, a Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), o Gabinete de Apoio Técnico-Pedagógico ao Estudante com Deficiência e/ou Necessidades Educativas Especiais (NEE’s) da Universidade de Coimbra e a Câmara Municipal de Coimbra desenvolvem, em conjunto, a promoção da banca de livros de Braille.

Dia Mundial do Livro

No passado dia 23 de Abril, comemorou-se o Dia Mundial do Livro e dos Direitos dos Autores. Neste dia, um pouco por todo o território português celebra-se esta data.

O Dia Mundial do Livro começou a ser celebrado em 7 de Outubro de 1926 na Catalunha, Espanha, com o intuito de festejar o nascimento do escritor espanhol Miguel Cervantes. Em 1930, a data passou a comemorar-se a 23 de Abril, aquando da morte do referido escritor.

Em 1996, a Conferência Geral da UNESCO institui 23 de Abril como o Dia Mundial do Livro e dos Direitos dos Autores, com forma de marcar o falecimento de vários escritores, nomeadamente Miguel Cervantes, William Shakespeare, Josep Pla.

O assinalamento deste dia tem ainda como objectivo seduzir as pessoas para a leitura de livros, uma prática que se tem vim a perder (http://bibvirtual.blogs.sapo.pt/51867.html).

domingo, 19 de abril de 2009

ESEC continua a colaborar com os HUC

A Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC) volta a receber a Equipa do Serviço de Imuno-Hemoterapia – Sector de Promoção de Dádiva dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), no dia 21 de Abril.

Toda a comunidade da ESEC interessada em doar sangue têm a oportunidade de o fazer, na próxima terça-feira, entre as 9h30 e as 16h30 no Laboratório de Ciências da escola.

Depois da recolha, o hospital fornece aos dadores as informações sobre a análise realizada ao seu sangue. “E mais, o próprio hospital agradece e informa o dador sempre que há uma nova sessão de recolha de sangue”, diz a professora Ana Maria Albuquerque do Núcleo de Comunicação e Relações Institucionais (NCRI).

A organização pretende com esta actividade “fidelizar mais a população porque surgem muitos novos dadores que não estão fidelizados”, refere a professora.
A ESEC participa nesta iniciativa dos HUC desde 1996. O hospital contactou o NCRI e perguntou “se nós estávamos interessados em trabalhar com eles”, conta Ana Albuquerque. A resposta foi positiva, até porque cabe a este serviço organizar e apoiar projectos e eventos no âmbito do plano de actividades da escola. “É esse núcleo [NCRI] e, nomeadamente, Teresa Jorge que trata da questão da divulgação” em colaboração com o hospital, acrescenta. https://www1.esec.pt/pagina.php?id=26

domingo, 12 de abril de 2009

Visita Pascal em Romariz

Mesa de Páscoa

Ouve-se o sino e lançam-se foguetes!

Falta uma hora para a manhã de domingo terminar e chega o compasso ao Alto de Goim (freguesia de Romariz, concelho de Santa Maria da Feira, distrito de Aveiro).

Aleluia! Aleluia! ELE ressuscitou! Aleluia! Aleluia!
Estas são, como habitualmente, as palavras ditas no início da visita pelo sacerdote ou o seu representante, já que na maioria nas freguesias formam-se várias cruzes e o pároco segue caminho apenas numa delas.

O ritual mais comum nas visitas pascais, é o dar a beijar a cruz a todos os que estão em suas casas à espera do Compasso. Sendo que, nesta freguesia, não é excepção.

Depois da cruz passar por todos, servem-se doces e vinho. E as amêndoas também não faltam.

Terminada a visita pascal, cada um comemora esta festa junto da sua família e/ou de pessoas próximas.

Compasso de Romariz

Páscoa

A palavra Páscoa significa passagem e é o nome dado a festa religiosa cristã que celebra a Ressurreição de Jesus Cristo.

Após a Quaresma, período de reflexão e penitência, os cristãos festejam a vida sobre a morte. Depois de ter sido morto na cruz, Jesus ressuscita.

A maior tradição da Páscoa continua a ser a Visita Pascal ou o Compasso, que anuncia de porta em porta a ressurreição de Cristo. Este costume prevalece por todo o país, excepto nos grandes centros urbanos.

O coelho e os ovos encontram-se associados a esta festa. Porquê? Os coelhos e ovos são símbolo de fertilidade, vida e criação. Os cristãos apropriaram-se da imagem de Ostera, a deusa da Primavera, representada por uma mulher que segurava um ovo na mão e observava um coelho, que pulava alegremente ao redor dos seus pés.

Antigamente, ofereciam-se ovos verdadeiros, que eram decorados e a intenção não era comê-los. Os ovos de chocolate que, hoje, são oferecidos por esta altura só apareceram na Europa no século XVIII, pelas mãos de franceses.

Na Europa, a Páscoa cristã é festejada no primeiro domingo após a primeira lua cheia da Primavera (entre os dias 31 de Março e 25 de Abril), sendo então um feriado móvel que serve de referência para outros feriados móveis. Todos os domingos do ano cristão dependem da Páscoa, à excepção dos domingos do Advento (celebram-se sempre quatro domingos antes do Natal).

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Quaresma

Hoje, quinta-feira santa, a Igreja Católica vive um dos dias mais importantes da Quaresma. O padre da freguesia de Escariz (concelho de Arouca, distrito de Aveiro), Manuel Nogueira, recorda que “foi na quinta-feira santa que se instituiu a eucaristia”.

A Quaresma é o período que a Igreja Católica definiu como tempo de reflexão e sacrifício. Tem início na quarta-feira de cinzas (este ano, a 25 de Fevereiro), após o último dia do Carnaval, e acaba na quinta-feira da Semana Santa, antes da missa da Ceia do Senhor ou do Lava Pés. Dura 40 dias, sem contar os domingos.
Durante a Quaresma, a Igreja propõe que todos os cristãos reflictam e façam alguns sacrifícios, através da oração, da esmola e do jejum. A Igreja pede aos cristãos para jejuarem às quartas e sextas-feiras do período quaresmal, iniciando-se então a abstinência na quarta-feira de cinzas. Oficialmente, os cristãos devem fazer jejum, pelo menos, no primeiro dia da Quaresma e na Sexta-feira Santa.

Ao longo desta semana, denominada Semana Santa, celebram-se um pouco por todo o país tradições desta época (procissões, orações, …). O reitor do Seminário Nacional de Aparecida, Padre Darci Noccioli, diz que o jejum e a caridade são fontes para a espiritualidade (http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=272697).

A Semana Santa começa no domingo anterior à Páscoa, o chamado Domingo de Ramos. Os ramos são o símbolo da vida (entrada) do Senhor – início de vários momentos. Segundo a tradição quaresmal, neste dia os cristãos não devem comer verduras e saladas e devem impedir idas às hortas.
Na quinta-feira desta semana, como já foi referido acima, celebra-se a missa da Ceia do Senhor, que comemora a instituição da eucaristia e a entrega de Jesus por todos.
A Sexta-feira Santa celebra o dia da morte do Senhor, sendo que realiza-se, em alguns pontos do país, a chamada Via-Sacra. Esta oração consiste em reflectir na paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo, revivendo as 14 passagens dos derradeiros momentos da sua vida.
No Sábado, o Sábado de Aleluia, é comemorada a Vigília Pascal. O Círio Pascal é aceso e aparecem as cinzas, que simbolizam a conversão, a mudança, o renascimento.
Todos estes rituais terminam no domingo de Páscoa com a missa da ressurreição de Cristo e com a Visita Pascal ou o Compasso, que anuncia a ressurreição de Cristo.

A Páscoa é o renascer, um dia de grandes festejos, que acaba com o período de penitência.

domingo, 5 de abril de 2009

Comunicação e Jornalismo On-line

A quarta sessão livre das IV Jornadas Internacionais de Jornalismo (15h00-17h00) teve como temática geral a comunicação e jornalismo on-line. Aníbal Oliveira da Universidade Fernando Pessoa, presidente da mesa desta sessão, identificou o tema, passando a palavra aos comunicadores.

Aníbal Oliveira

Iniciou a primeira comunicação Luís Mañas Viniegra (Universidad Complutense de Madrid) com uma breve apresentação sobre os "Nuevos Hábitos de Consumo de la Televisión e Internet y su repercusión en conflictos judiciales". Este comunicador apresentou alguns dados relativos ao consumo televisivo e ao consumo de TV via Internet, referindo que as televisões tradicionais estão ameaçadas.

Luís Mañas Viniegra

Ricardo Nunes da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal apresentou o assunto "Televisão e Internet: Quando a Net alberga o velho e quando o novo não se impõe". Nunes começou por questionar a audiência: "O que distingue um site de um jornal, de uma rádio e de uma televisão?". Logo, de seguida, deu a resposta a pergunta colocada: "NADA!"
Segundo o comunicador, existe um problema de identidade. A televisão do centro da sala passou a estar no centro da vida: "Omnipresença da televisão". Acrecenta que "deixamos de ter uma informação atomizada para passar a ter uma informação fragmentada".
Ricardo Nunes terminou com a divulgação dos pontos fortes e fracos, das oportunidades e ameaças da análise SWOT aos portais da RTP e TVE.

Ricardo Nunes

O comunicador que se seguiu foi Jorge Dias Figueredo da Universidade da Beira Interior com o tema: "A influência da personalização dos conteúdos dos jornais on-line nos comportamentos sociais das suas audiências". Este comunicador apresentou quatro fases do jornalismo na Internet (fase similar, modelo adaptado, modelo digital e modelo multimédia) e, no mesmo seguimento, elementos que conduzem a uma mudança: "instantaneidade de acesso/actualização contínua; memória (armazenamento de grandes quantidades de informação); multimédia (junta-se o texto, o som e a imagem pela primeira vez); hipertextualidade; interactividade (intensificação da comunicação bidireccional entre o leitor e o produto de notícias)". Jorge Dias referiu que a personalização de conteúdos "parece contribuir significativamente para uma mudança de paradigma - passagem de uma comunicação de massas para uma comunicação individualizada (sociedade fechada)", concluindo que os "sujeitos tendem a perder o sentido de uma assimilação massificada".

Jorge Dias Figueredo

O derradeiro comunicador desta sessão, Alfonso Cuadrado Alvarado da Universidade Rei Juan Carlos, falou das "Nuevas tecnologias, nuevos lectores: Relaciones entre información y videojuegos". Alfonso afirmou que "o jornalismo online encontra-se numa fase de reformulação que passa, necessariamente, pelo desaparecimento do modelo impresso". Na Internet, a imprensa tradicional ganha um novo formato. O comunicador fez ainda referência a um projecto que está a desenvolver, conjuntamente com Marina Santin Durán e Pablo R. Prieto Dávila da Universidade Rei Juan Carlos, sobre os videojogos. O objectivo deste projecto é a criação de um videojogo didáctico, que possibilite aos utilizadores adquirir conhecimentos da actualidade.

Alfonso Cuadrado Alvarado

Depois de ouvidos todos os comunicadores enunciados, tomou a palavra a professora Carla Patrão da Escola Superior de Educação de Coimbra, fazendo comentários as temáticas desenvolvidas.

Carla Patrão

Carla Patrão reforçou a ideia de que "os órgãos de comunicação social estão a transpor os seus conteúdos para a Internet". Daí Ricardo Nunes "falar num problema de identidade". Neste momento, verifica-se a passagem "dos mass media para os self media". Destacou ainda a temática do Alfonso, dizendo que "nada como um videojogo para captar a atenção dos jovens". Para finalizar, frisou que "a finalidade de um jogo é, sobretudo, entreter". Depois pode também servir para educar...

Terminada a intervenção da professora Carla, Aníbal Oliveira abrir espaço a comentários e questões da plateia.

Discursos e representações 1

Discursos e representações foi a temática desenvolvida na sessão 3 das comunicações de tema livre sobre jornalismo, que decorreu entre as onze e as treze horas.

O primeiro comunicador a tomar a palavra foi Pedro Celso Campos da Universidade Estadual Paulista. Este professor brasileiro apresentou o tema "Jornalismo e sociedade: A visibilidade do idoso nos meios de comunicação (estudo de caso: jornais El País e ABC - 2007)".

Pedro Celso Campos

De seguida, interviu Kárita Cristina Francisco da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Esta comunicadora expôs o caso do telemóvel da Escola Carolina Michaelis, tendo por base uma análise de algumas edições dos jornais "Público" e "Correio da Manhã". Feita a análise, Kárita concluiu que "os dois jornais noticiaram apenas o facto (...), [fazendo] poucas referências às novas tecnologias"; o "Correio da Manhã" leva ao extremo o negativismo nos artigos publicados, enquanto o "Público" procurou assumir "uma política mais deontologicamente correcta, com poucas imagens do vídeo" da aluna a agredir a professora.

Kárita Cristina Francisco

Maritza Sobrados León da Universidade de Sevilha foi a comunicadora que se seguiu. A temática que abordou intitulava-se "La construcción de la otredad en la escuela: Nuevo desafio para los medios de comunicación". Ao longo da sua intervenção deixou claras duas ideias principais: a imigração possibilita a existência de diversidade cultural; e os jovens necessitam de receber educação para os media, sendo esta uma das preocupações actuais.

Maritza Sobrados León

A aluna Tatiane Hilgemberg da Universidade do Porto apresentou um trabalho de investigação, que desenvolveu com a orientação de Rui Novais (CETAC.Media - Universidade do Porto/University of Liverpool), sobre os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Pequim ("Os meninos de ouro? Os momentos de glória dos Jogos de Pequim em 2008"). Neste trabalho, Tatiane analisou o comportamento dos media perante os trunfos de dois atletas nacionais nos Jogos de Pequim: Nélson Évora (jogos olímpicos) e Paulo Fernades (jogos paraolímpicos). Com este estudo chegou às seguintes conclusões: as representações dos media são escassas, sendo que os jogos olímpicos e os jogos paraolímpicos não se encontram no mesmo patamar; a descrição dos jogos paraolímpicos é neutra; os media deram mais destaque ao Nélson Évora ("modelo, ídolo, herói") do que ao Paulo Fernandes ("super-herói no sentido de caridade", "aleijadinho", "coitadinho").

Tatiane Hilgemberg


Luís Miguel Cardoso da Escola Superior de Educação de Portalegre fechou as comunicações desta sessão com o tema "Mitos, imagens e factos: O jornalista no cinema". Referiu, no decorrer da sua comunicação, que o cinema "sempre proporcionou a transigência" e enunciou uma série de filmes que se enquadram com a temática em questão, nomeadamente "Os homens do presidente" (watergate), "Reds", "O ano de todos os perigos", "Debaixo de fogo". Finaliza, dizendo que a sétima arte "foi capaz de criar comportamentos e atitudes" e que "entre o mito e a realidade se escreve e reescreve o jornalismo".

Luís Miguel Cardoso

A sessão termina com o comentário de Alda Mourão da Escola Superior de Educação de Leiria às comunicações desenvolvidas e com uma conversa aberta entre todos os comunicadores e o auditório da sala.

Alda Mourão

Conferência de Abertura das Jornadas

A conferência de abertura (9h30-10h30) das IV Jornadas Internacionais de Jornalismo contou com a presença do conferencista Alfonso Sánchez-Tabernero da Universidade de Navarra para a apresentação do tema: "Futuro do Jornalismo: Controlo e Qualidade".

Alfonso Sánchez-Tabernero afirmou que quanto mais qualidade tiver um bem material (casa, caro, etc.), haverá um maior consumo do mesmo. Mas acrescentou a seguinte ideia: esta lógica não se verifica nos media, dando exemplos de artigos espanhóis ("Ahora no es posible ser líder de audiencia y en calidad"; "Antena 3 retira la serie de Ana Obregón por la falta de audiencia") que retratam este assunto.

Segundo o conferencista, a qualidade implica: um suporte (papel, som, imagem): imaginação, criatividade, originalidade; exclusividade, díficil de imitar; um desenho atractivo; uma mensagem de fácil compreensão; conteúdos divertidos, que captem a atenção.

Alfonso acaba por concluir que nunca podemos obter a máxima rentabilidade imediata através da qualidade, não esquecendo a questão actual da concorrência excessiva.

Nesta sessão plenária interviram ainda João Paulo Faustino (Media XXI, Universidade Católica e Instituto Politécnico de Leiria) e João Palmeiro (Associação Portuguesa de Imprensa), fazendo comentários à apresentação do conferencista e, ao mesmo tempo, acrescentando algumas informações.

IV Jornadas Internacionais de Jornalismo

As Jornadas de Jornalismo deste ano tiveram lugar na Universidade Fernando Pessoa (UFP) do Porto, instituição organizadora todos os anos, e decorreram ao longo do dia 4 de Abril.
As IV Jornadas Internacionais de Jornalismo giraram em torno do tema: "Os Jovens e a Renovação do Jornalismo".
A abertura teve início às 9h00 com a recepção do reitor da UFP, Salvato Trigo, da directora da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da UFP, Maria do Carmo Castelo-Branco e de dois representantes da organização, Jorge Pedro Sousa e Ricardo Jorge Pinto da UFP.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Artigo de opinião de JI

Eutanásia
Diferentes maneiras de encarar a vida

“Morte com dignidade” ou “vida a todo o custo”? Eis dois lemas opostos debatidos na sociedade actual. Esta não é apenas uma questão legal, política, religiosa, económica, etc., mas sim uma pergunta que engloba todos estes elementos da vida social. Sofrer nem sempre compensa e é a solução para todos os infortúnios.

A luta pela vida é fundamental para a auto-estima dos indivíduos. O problema é que em certos momentos da vida deixa de fazer sentido levar avante determinados sacrifícios. A eutanásia é a expressão utilizada para definir a prática que faculta a morte sem sofrimento de um doente crónico incurável, de forma controlada e assistida por profissionais de saúde.

A dúvida que se coloca não é o respeito pela vida, mas sim a negação de escolha dada a um enfermo incurável relativamente a opção de por termo a sua existência. A mudança torna-se necessária em determinadas circunstâncias. O estado precário de saúde, por vezes, leva as pessoas a desejar a antecipação do fim do sofrimento e, consequentemente, da vida.

Muitos não entendem a dor e sofrimento dos doentes terminais. E defendem a todo o custo o uso de todas as possibilidades e mais algumas de prolongar a vida, mesmo sabendo que é inútil o esforço e a dor é dolorosa. Estes são os chamados seguidores da distanásia.

Portugal é um país, maioritariamente, ligado à religião católica. Daí, e não só, que a prática da eutanásia seja punida por crime no nosso país. O Estado “prefere” seguir as leis religiosas (Deus diz “Não matarás”, pois cabe a Ele decidir quando chega a morte) e manter o tradicional princípio da protecção da vida dos cidadãos a todo o custo, não abrindo excepções. A Constituição da República Portuguesa consagra que “todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal” (artigo 3º), reforçando que “a vida humana é inviolável”, no artigo 24º n. 1.

A sociedade portuguesa discrimina actos relacionados com a eutanásia e esquece que todos os dias são cometidos outros mais graves. Muitos portugueses morrem sem terem a possibilidade de ter acesso aos cuidados mínimos de saúde: morrem sozinhos cobertos de frio e solidão em casa ou mesmo na rua sem apoio e compaixão.

A ordem médica também se depara, em certos casos, com este dilema: vida ou morte? A lei e ética médicas advogam que o adiantar da morte é um acto cruel e desumano. Mas será fácil para os profissionais de saúde assistir à dor contínua de um paciente que tem o fim à vista? É verdade que a morte é algo natural, o que não significa que as pessoas, que se encontram em estados de saúde incuráveis, acabem por não poder decidir viver ou morrer.

Nas últimas décadas, é possível verificar a existência de algumas preocupações crescentes com os custos dos sistemas de saúde. O que não dá direito a afirmar que a eutanásia pode servir como solução para reduzir as despesas. Não é esta a finalidade da referida prática.

A eutanásia é permitida legalmente na Holanda. Contrariamente à generalidade dos países mundiais, este país europeu rompe com os preceitos latos que giram à volta desta questão. As pessoas podem escolher entre a eutanásia ou lutar até ao fim contra uma dor insuportável, de acordo com o seu estado espiritual, psíquico e físico.

Defensores da distanásia dizem que a eutanásia não corresponde ao “direito a morrer”, mas sim ao direito a matar. Esta ideia não pode ser defendida, nem mesmo se a eutanásia fosse legalizada. Ao paciente e familiares deve ser dado sempre o devido apoio psicológico, cabendo a estes a derradeira decisão.

A eutanásia pode assumir diversas formas. Nem todas são favoráveis, por isso, defendo a sua legalização no caso de ser voluntária. Os seja, quando morrer é a vontade expressa por um doente crónico que vive momentos de grande sofrimento físico e psíquico nos últimos dias de vida, mesmo que esteja devidamente acompanhado pela família e equipa médica. Esta situação complica-se ainda mais quando um enfermo incurável sente que é um empecilho para os outros ou se sente sozinho e cansado de lutar.

Somos todos diferentes. Tal como existem indivíduos que assumem uma postura firme e confiante, também há aqueles que, em situações extremas, não suportam os possíveis conflitos familiares, depressões ou abandonos. Estes últimos rendem-se com mais facilmente à morte quando constam que a vida não tem sentido e a doença ganha dia após dia.

As ditas pessoas mais fortes, nos momentos em que a morte é inevitável, preferem lutar até ao derradeiro segundo, altura em que a respiração e o coração deixam de se ouvir. Nem todos os doentes terminais entregam-se de imediato à doença só pelo facto de dizerem que “não tem cura”. Esta atitude é optativa.

Em determinadas situações, em que já “não há mais nada a fazer”, aos enfermos crónicos resta a companhia das pessoas que lhes estão mais próximas e a esperança (quando existem). O peso da doença e a preocupação e cansaço dos familiares são factores tidos em conta quando se toma uma decisão. E por que razão a morte não pode ser também uma opção?

Com tudo isto, não quero fazer transparecer a ideia de que o tratamento deve ser impossibilitado. Pelo contrário, todas as pessoas têm de ter o direito de acesso aos devidos tratamentos, de forma pelo menos a aliviar, uma vez impossível retirar, a dor.

A ciência está cada vez mais avançada, aparecem novos medicamentos, tratamentos e esperanças. Mas estes ainda não trazem a solução para todas as doenças (infelizmente!). Daí a necessidade de não negar a um doente final o direito de conscientemente poder fazer a sua opção. As várias tentativas para resistir a males acabam por deixar de fazer sentido quando é constatado que a cura é impossível.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Fim à vista

O 1º semestre está acabar!
Já se vislumbra o último dia, mas ele nunca mais chega.
A frequência de Metodologias de Investigação Científica na Comunicação Social (MICCS) e a de Comunicação Oral e Escrita na Língua Portugesa (COELP) estão feitas...
... amanhã às 8h30 espera-me a frequência de Jornalismo de Imprensa (JI) e dia 26 do presente mês a de Sociologia dos Media (SM).
Passei o último fim-de-semana em Coimbra e vou ficar cá neste que vem, pois tenho apresentação da recensão na próxima segunda-feira. Portanto, só no dia 19 é que rumo até casa. Estou cheia de saudadinhas, mas se passar a todas as disciplinas pela época normal vai compensar todo o esforço.
Fugir é o que não posso fazer... o estudo espera-me!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Reportagem de Jornalismo de Imprensa

Peças com histórias de vida

Um espaço com história permite a mostra, troca e venda das mais variadas antiguidades. Em pleno quarto sábado de Novembro, o movimento em Coimbra não é o mesmo de outros dias do mês. Cruzam-se velhos e novos vendedores e visitantes, ao sabor do sol acompanhado de uma brisa fria.

São nove horas da manhã e na Praça do Comércio vêem-se comerciantes a montar mesas ou a estender panos no chão onde colocam as suas peças antigas. Poucos são ainda os visitantes que se encontram no recinto da feira. Mas já se vêem alguns dos mais adeptos.
Miguel Graça é um dos forasteiros mais antigos deste evento e da cidade de Coimbra. Vem à Feira das Velharias de Coimbra “todos os meses” desde o seu início, época em que “só se vendia azulejo antigo”, conta Miguel que é natural do Porto. Este apreciador de velharias já se desloca à cidade há muitos anos para passear. Ao gosto por Coimbra acrescenta-se o surgimento deste certame como motivo para Miguel rumar do norte ao centro do país: “Não preciso disto para nada. Agora venho por vício.”
A feira, criada oficialmente no mês de Julho de 1991, decorre num espaço histórico a nível comercial da cidade (antiga Praça Velha). O Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Coimbra, Mário Nunes, reforça que “de há 17 anos a esta parte esta [feira] tem sido, indubitavelmente, uma das preocupações do Município”.
A exposição de artigos envelhecidos é um “êxito de referência no panorama nacional” que junta “inúmeros feirantes de antiguidades provenientes de diversos pontos do país”, afirma Mário Nunes. E também muitos visitantes entusiastas pelo culto do antigo ou simples curiosos. Por isso, esta feira contribui para o alargamento das relações humanas no contexto social, possibilitando aos visitantes a descoberta das origens de algumas das tradições passadas, fazendo com que o passado e o presente se cruzem.
No acontecimento estão expostos para venda e/ou troca múltiplos produtos nacionais e estrangeiros que ajudam a promover a arte e cultura de Portugal. Vêem-se espalhados pelo chão e mesas livros, cartões postais, relógios e moedas, azulejos, bijutaria, sinos, peças de cerâmica, joalharia, ourivesaria, latoaria e diversos utensílios domésticos. Encontra-se um pouco de tudo.
Um dia passado junto das antiguidades é diferente. Quebra a rotina monótona de muitos idosos e proporciona aos jovens conhecer peças de outros tempos. Ao final da manhã e início da tarde, o número de pessoas que circulam pela feira é maior. Os habitantes e visitantes da cidade deixam o aconchego das suas casas e a habitual companhia televisiva para passear pela Praça do Comércio e vislumbrar um ambiente que não o do quotidiano.
Tem 71 anos e é habitante de Coimbra há 28 anos. Maria Júlia Saraiva aprecia os livros antigos, aqueles que pertencem à sua geração, por terem mais história. As pessoas mais velhas têm um apreço maior por este tipo de coisas, “mas já há muitos jovens a querer”, refere Maria. O tempo está agradável e convida a visitar pela Baixa de Coimbra, mas nem sempre é assim. Quando chove e faz muito frio, a feira empobrece-se.
Entre os feirantes, encontra-se Cristina Pereira, uma principiante nestas andanças, e Lídia Abreu, que vem a Coimbra desde a primeira exposição realizada. Estas duas senhoras entraram neste mundo de forma distinta. A mais recente comerciante conta: “Comecei por brincadeira. Achei que tinha coisas que me queria desfazer delas e não sabia como.”
O gosto pelas velharias deve-o ao marido, que desde novo tem uma paixão por peças antigas. Lídia Abreu regressou de Inglaterra em 1981, onde tinha uma loja ligada a este ramo, e começou a participar em feiras destas em 1991. No início, “vendia-se muito bem, tudo e mais alguma coisa”, relata a comerciante. Actualmente, as pessoas continuam a mostrar interesse por antiguidades, mas a crise económica vivida não permite comprar tudo aquilo que se aprecia: “Não é uma das primeiras necessidades, é mais uma paixão.”
A habitante de Águeda (Aveiro) só vende e troca peças inglesas (por inglesas), tem preferência pelo vidro coalhado e, hoje em dia, apenas faz a feira de Coimbra e a de Aveiro, esta última que se realiza ao quarto domingo de cada mês. A Feira das Velharias de Coimbra não tem rendido muito para Lídia: “É uma feira livre, uma pessoa mesmo que não venda não pagamos nada porque se tivéssemos de pagar pela deslocação, por vezes, não dava para vir cá”. Outro benefício que tem é a preferência de lugar a ocupar por ser das mais antigas, enquanto que os novos feirantes têm que esperar pela técnica do departamento de Cultura da CMC, Aurélia Filipe, para lhes ser atribuído um lugar para expor as suas peças.
Este acontecimento é promovido por uma Comissão Organizadora, formada em reunião do Executivo Municipal de 10 de Julho de 1991 e da qual fazem parte a Câmara Municipal de Coimbra, a Junta de Freguesia de São Bartolomeu, a Polícia de Segurança Pública, a Escola C+S Silva Gaio, o Grupo de Arqueologia e Arte do Centro, o “Velhustro” e a “Livraria Minerva”. Actualmente, esta é designada Comissão de Feira. Cabe a esta comissão fazer um acompanhamento constante desta iniciativa, pois é responsável pela supervisão do espaço físico onde decorre a feira e da fidedignidade dos produtos nela expostos para venda. Aurélia Filipe é habitualmente a pessoa que desenvolve o processo de organização do evento, mas de momento encontra-se de férias, daí que tenha sido impossível contactá-la.
Ainda são 17h30 e já se vêem muitos expositores a desmontar as suas bancas improvisadas. Fogem antes do anoitecer, enquanto outros aguardam que a confusão das arrumações abrande, como é o caso de Lídia. O marido vem mais tarde carregar as velharias pois só assim consegue entrar no recinto da praça com a carrinha: “Se vier um bocadinho antes não consegue cá entrar, tem de ir lá para trás para o estacionamento e é um problema”.
Habitualmente, a feira prolonga-se até às 19h00, mas nos meses de Inverno o sol esconde-se mais cedo, deixando a Praça do Comércio vazia. Muitos dos comerciantes rumam para outras feiras e outros esperam pelo próximo mês.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Ano 2009

O ano novo chegou!
Ficam para traz os meses e dias de 2008 e impõe-se um NOVO ANO...
... Cheio de novas esperanças, tristezas e alegrias.

De regresso a Coimbra e à rotina iniciada nos últimos meses do ano passado.

O começo de 2009 é acompanhado pela continuação do que foi iniciado no 1ºsemestre do ano lectivo 2008/2009...
... Este semestre terá fim em breve (se passar a todas as disciplinas por avaliação contínua)!
A ansiedade é muita, mas agora o importante é dedicar-me ao estudo e empenhar-me na realização e/ou conclusão dos trabalhos.

Que este ano seja melhor ou, pelo menos, igual ao de 2008! Estes são os votos que deixo para 2009.